HOW IT IS DONE
The beginning:
I almost never had store-bought toys, then, as you
may imagine, I started making them very early. The tools I had were a hammer, an
old scissors, a broken knife and, not always, an universal pliers. The materials
were many, among them were wood, old slippers for tires, cans of cooking oil (if
I remember correctly, Zilo was written on the can), screen wire and nails. The
panels of the cabin, as well as everything else, were tied with thin wire (taken
from those screens of hen house). As always, the imagination was my guide.
I never lost the taste for creating things with my
own hands as can be seen in the many miniature trucks already made. I think we
print a small portion of our personality in everything we do. So, I believe that
my works reflect my care for details. Even though, not always a reach a
reasonable result. If I do not improve a bit more, or if I improvise something,
that is partly because I did not have access to the right information to make
better a particular
detail. I even passed a few years without modeling anything. Recently, I decided
to make the FNM D 11000, which was supposed to be part of a scenery so that I
could acclimate myself to be able to write a novel (writing is another hobby of
mine) about a trucker who had one of these FNM. Obviously, the character is
fictional. The main reason, I wanted to write the novel, was my taste for
machines, especially the trucks. I wanted to portray such a truck in its
splendor and in its decay to portray the reaction of the time and the people
that surrounded it. For one who likes these relics, which are often abandoned in
time, it is as if they had a soul. When I see in a thicket a car or a cabin of a
truck, all eaten by rust, what comes to my mind is a vague notion of the
socio-historical value of that part. I imagine how much one worked hard to pay
for it, how much work to produce and to maintain that truck , how many heavy
loads it carried on bad roads, the places it visited and the people who saw it.
Finally, I almost hear, echoed in time, the laughs, the testimonies of people
who were in that cab. Many of these people went, who knows, to where the soul of
that abandoned truck still lives. Each curve in the road, every danger
underwent, every honk of the horns may still make sense in a parallel time. I
think that remembering them is a way that we found to show respect for the
importance that it all represented for the people we love. So, I see. So it
seems to be the sentiment of many people who cling to a piece of these (a truck,
a car, etc.) and treat it as a newly adopted child. Remembering seems to be a
natural way of not letting that images fade, of wanting to hold time, of even
wanting to rescue it. Things remind us of people, people remind us of so many
other things. Such is life. Our collections of objects have vague meaning if it
were not that way. Then, we collect everything we can, from pens to cars. We
clung to things from the past even without knowing it is happening.
Currently, I have been researching new materials
and, above all, a more efficient way of producing parts, be it in terms of
economy, speed and quality, or because many people have expressed the desire to
have one of these models. The main idea is that, some day, I am able to make
those parts to order. It would be like this: someone who wants a scale model,
whether as a gift to a relative or friend who has or had one of these trucks, or
to keep for himself, would send me photos of the real model or the
specifications he has so that I could accomplish the project as close as
possible to what he has in mind. Finally it would be sent by mail.
Many of the questions that people have made about
materials, parts and how the scale models made are answered here.
Tires:
The tires are made of black
silicone rubber. They do not require painting, unless one wants to characterize them
to conditions of time and space, that are not those of a newly manufactured
vehicle. I do not use store-bought parts for the prototype and mold. They are
made all from scratch. I make the prototypes using car body filler, carving each
detail. I would even use an already molded part, but my standard scale is 1:25
and there is not much I can use in this scale, at least not in the area where I
live. There is also the question about the replication of parts with reserved
rights.
The Frame:
The frame is made of tin plate number 22. For
those who have no idea whatsoever, this plate thickness is much used in the
manufacture of rain gutters. They are galvanized, but need not be so.
Incidentally, the cover on the surface of the plate, although it is an excellent
protection against oxidation, hampers soldering. I have been folding the metal
sheets in a vise, but I plan to make a mini straight brake for this purpose
only. The cross-members, like almost everything in the model, are soldered with
tin solder. Commonly, I use a 60W soldering iron with a 1/4 inch tip, about 7mm.
A soldering iron with tip too thin ends not warming up properly the part to be
soldered, but a very large one prevents access
to
the small sections of the parts being soldered. Usually I do not reuse chassis
of a brand in another one, for example, the chassis of MB Axor is quite
different from the chassis of older models of Mercedes. The Scania and the FNM
do not resemble each other much. The wheels are another detail to be noticed.
Sometimes, I put wheels of one model or brand in another temporarily, but, as
soon as I have time to make others more appropriate, I replace them.
I regret to say that
the translation has been halted due to some reasons. Among them are the lack of
feedback of the English speaking people concerning the level of understanding of
the text, considering that I am not good in English; the content of the whole
site must be reorganized; there are undocumented stuff and, lastly, the lack of
time for me to do both mentioned things once the site is a hobby about other
hobby.
Translation will
continue as soon as possible. Thank you for your interest.
Cabine:
A cabine é feita de lata de massa corrida. Não tem segredo, vou
medindo, recortando com uma tesoura, dobrando ou curvando e, depois, soldando as
partes. Faço os desbastes com uma micro-retífica (uma Dremel é mais indicada) e,
quando necessário, retoco com massa rápida. Durante a fabricação, no meu caso
chego a ficar muito tempo sem dar acabamento nas peças, deixo-as sob uma demão
de óleo lubrificante para que não oxidem.
Pintura:
Embora eu não tenha feito a pintura de forma que me agradasse o bastante (não
gosto muito de lidar com as tintas), eu tenho usado tinta esmalte sintético
automotiva de boa qualidade. Essas tintas dão um brilho excelente e tem um tempo
de secagem razoavelmente curto. Uso um aerógrafo de tamanho médio ou uma pequena
pistola de baixa pressão. A dificuldade maior, com relação à pintura, é que não
vendem, pelo menos por aqui, tinta esmalte sintético em quantidade (latas)
menores que 900ml. Isso encarece muito o trabalho e, às vezes, a gente fica
estocando tinta que vai demorar muito para voltar a usar. Então, a idéia é
comprar cores básicas como o branco, o preto, o vermelho, etc. A partir dessas
cores, com um pouco de paciência, podemos compor a cor desejada. Por exemplo:
usei o mesmo vermelho, que pintei o Mercedes-benz Axor, misturado com preto
semi-fosco, que usei para pintar o chassis do FNM D 11000, para pintar o
chassis do Mercedes-benz 1513.
Projeto:
Não me baseio em kits ou projetos já prontos pelos motivos já citados com relação à
escala que uso. Também não tenho conseguido manuais dos fabricantes do modelo em
tamanho real. Restam as fotos da internet e os modelos que ainda se pode
encontrar por aí. No caso das fotos da internet, preciso fazer uma vasta
pesquisa para poder cruzar informações de modelos e de épocas. Quando consigo
isso, delimito a unidade de medida a partir de algo que seja característica
óbvia no modelo. Exemplo: o caminhão FNM usava pneu 1100, que são 1100mm. Ora,
sabemos que o milímetro é uma das unidades básicas da indústria automobilística,
assim, outras referências poderão ser encontradas nessa unidade de medida, como
o comprimento dos eixos, altura máxima, etc. Então
eu passo a ter uma referência de medida, um parâmetro essencial. O resto se pode
fazer por comparações. Assim, o modelo vai sendo redesenhado na escala que será
usada, basta um pouco de paciência.
Quando se trata de um modelo que se possa tocar e medir, as comparações se
tornam dispensáveis. Basta fazer todas as anotações e fazer a escala a partir
delas. Os proprietários de veículos e de oficinas mecânicas costumam ser muito
gentis e colaboradores. A certo ponto, as pessoas até ficam felizes de saber que
vai ser feita uma miniatura do carro/caminhão delas. Não tenho usado programas
CAD (Computer-Aided Design), como o Autocad, mas o ideal seria isso. Muitos dos
esboços faço à caneta mesmo.
Na imagem acima, os pontos circulados em vermelho são os
defeitos mais graves no desenho. Abaixo é apresentado o resultado final da
modelagem, se bem que este ainda não está totalmente finalizado.
Escala:
Escala é proporção entre as medidas e distâncias de
um desenho, planta ou mapa geográfico e as medidas ou distâncias reais
correspondentes (dic. Michaelis). A escala que uso preferencialmente é 1:25. O
que significa que a miniatura será 25 vezes menor que o objeto real usado como
modelo. Então, basta dividir cada medida de uma peça ou do modelo inteiro por 25
e obter-se-á a medida a ser usada na miniatura. Na escala 1:10 será dividido por
10 e assim por diante. Depois de trabalhado o desenho no computador (muitas
vezes uso o próprio Paint), a impressão deve ser feita, preferencialmente, com
uma impressora a laser, já que o resultado impresso tem de ser o mais fiel
possível ao desenho apresentado na tela do computador. Uma impressora a jato de
tinta bem calibrada também produz bons resultados. O ponto mais crítico da
impressão do modelo em escala é exatamente a obtenção das medidas
correspondentes, ou seja, uma coisa é o que aparece na tela, outra coisa é o que
sai da impressora. Mesmo usando o Autocad ou outras aplicações CAD (Computer
Aided Design), é necessário dominar alguns parâmetros de configuração do
software e da impressora. No começo, para quem não tem certa perícia com os
aplicativos próprios para desenho técnico, vários testes e ajustes são
necessários. O bom é fazer anotação a cada teste de redimensionamento para
poupar trabalho em projetos futuros. Na tela, definir um pixel para cada
centímetro pode ser um bom começo. Um metro teria cem pixels, o que já dá para
fazer uma régua virtual. A partir daí as comparações ficam fáceis.
Scratch:
Apesar de ter sido fluente em inglês (hoje muito enferrujado) eu não estava
habituado com a palavra no sentido empregado pelos modelistas. Mas, enfim, é
isso que a palavra é. Tenho o hábito de aportuguesar o quanto posso. Bem, de
posse do desenho com vistas de frente, de lado, de cima, de baixo e de trás, com
um pouco de imaginação e outro pouco de habilidade com as ferramentas e os
materiais empregados, a gente vai dando forma à peça. Isso, principalmente
quando se faz sem nenhum compromisso financeiro, torna-se uma terapia
inestimável. Também ajuda a desenvolver ou manter a coordenação motora.
Cuidados:
-
A tinta automotiva, como muitas outras tintas devem ser aplicas em local
ventilado e com o uso de máscara;
-
As chapas metálicas, assim como outros materiais de metal podem causar cortes
profundos na pele e, o que é pior, podem causar tétano. Certifique-se de que
está em dia sua vacinação antitetânica;
-
A ponteira do ferro de solda é uma peça que fica muito aquecida, dependendo
da potência e do tempo de exposição, pode causar queimadura de até terceiro
grau;
-
Ao usar esmerilhadeiras, lixadeiras, retíficas deve-se usar óculos de
proteção, os olhos são um bem inestimável.
Local para desenvolver os projetos:
Espaço físico mínimo que considero necessário
para essas atividades é um local de 6m², de preferência bem arejado (serão
usados tinta, thinner, resina e outros produtos tóxicos ou altamente
inflamáveis). Sempre é desejável um espaço maior, mas com criatividade e
senso de organização, as coisas se ajeitam. Gaveteiras e prateleiras podem
ser colocadas em uma das paredes para o melhor acondicionamento de peças
prontas, ferramentas e materiais.
A presença de um microcomputador na bancada
ajuda muito na hora de trabalhar a escala e pesquisar sobre o modelo na
internet.
Concluindo:
Tudo que faço é scratch pura. Embora faça tudo em metal, estou fazendo moldes
de alguns modelos para fazê-los em fibra de vidro (fiberglass), seria uma camada
de 1mm em média. Como a maioria das pessoas, tenho maior apego pelos modelos
mais antigos e ainda espero poder fazer muitos deles. Em breve, colocarei,
neste site, cada etapa da fabricação de um modelo que,
provavelmente, vai ser um FNM D 1100 cavalo mecânico. Pretendo vender alguns
modelos, mas ainda estou me preparando para isso. Como disse acima, fazer por
encomenda me parece a melhor idéia, a pessoa idealizará o modelo que quer,
época, pintura, configuração, etc.
Este material foi, inicialmente, escrito exclusivamente para responder aos comentários e
perguntas que os modelistas fizeram, mas também se refere aos comentários e perguntas
gerais deste site.
Muitíssimo obrigado por terem feito as perguntas e
comentários.
Ivan Gouveia
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