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Como os Moldes são Feitos |
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Passo a passo da confecção de um modelo procurando obter um resultado aceitável com recursos escassos. |
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COMO É FEITO: A Cabine FNM Modelo Brasinca em miniatura | |
Achei interessante mostrar aqui o passo a passo da confecção de um modelo para que as pessoas tenham idéia de como eles são feitos. Outros métodos e ferramentas especiais existem para tal finalidade, mas a proposta aqui é procurar obter um resultado aceitável com recursos escassos. Então, a observação, imaginação e, sobretudo, força de vontade contam muito. A primeira parte de qualquer projeto é, inquestionavelmente, o levantamento de dados. Neste caso foi usado o material encontrado na internet. O preferível, no entanto, é ter um modelo real e palpável na escala 1:1. A observação e a comparação são essenciais na elaboração de um projeto baseado apenas em fotos. A distorção de medidas proporcionada pela perspectiva dificulta a compreensão do objeto de estudo, especialmente quando se trata de algo com linhas curvas, composto de ângulos diversos. Uma boa noção de geometria ajuda a encontrar as dimensões aproximadas. Quando se trata de um modelo raro, às vezes não se pode achar fotos de boa qualidade e em quantidade razoável, o que não é o caso do modelo desta página. Depois de muito trabalho no computador (considerando minha pouca experiência com desenho técnico), as linhas básicas da cabine já estão definidas e permitem o início do protótipo. A impressão é feita na escala determinada para o modelo que, neste caso, é 1:25.
Desenho impresso da cabine FNM Brasinca na escala 1:25
De posse do desenho impresso, começo com um cubo baseado nas dimensões máximas do objeto, que pode ser de argila, madeira ou massa plástica. Sendo o último o meu material predileto. Tem resistência muito boa, secagem muito rápida e é muito bom para moldar. Os inconvenientes principais desse material são o preço e a poeira liberada, que é nociva à saúde. O ideal é que seja trabalhado sob um exaustor sem, contudo, dispensar a máscara anti-pó e os óculos protetores. Quanto mais perfeito for o cubo, tanto mais precisas serão as medidas. Principalmente a simetria dos lados. O cubo maciço da figura abaixo deve ser laminado para ficar pronto para a modelagem do protótipo.
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. Cubo de massa plástica para a modelagem da cabine |
Depois de laminado o cubo, cortamos as linhas básicas para referência.
Cubo de massa plástica - corte das linhas básicas |
Cubo de massa plástica - corte das linhas básicas - lado direito |
Cubo de massa plástica - corte das linhas básicas - lado frontal |
Cubo de massa plástica - corte das linhas básicas |
Cubo de massa plástica - arestas aparadas e delimitação das peças básicas - lado esquerdo |
Cubo de massa plástica - arestas aparadas e delimitação das peças básicas - traseira |
Cubo de massa plástica - arestas aparadas e delimitação das peças básicas |
Cabine Brasinca - 2ª etapa de modelagem - teste no chassis |
Cabine Brasinca - 2ª etapa de modelagem - teste no chassis |
Na foto abaixo, a cabine está muito alta no chassis. Isso se deve ao fato de não ter sido feito recorte na parte de baixo para encaixar o chassis.
Cabine Brasinca - 2ª etapa de modelagem - teste no chassis |
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Após as etapas de modelagem vem a confecção dos estampos ou moldes. Trabalhar os estampos para as peças da cabine é quase uma luta titânica se não se dispõe das ferramentas e tecnologia adequadas. Eles são feitos de aços baixo e médio em carbono. A qualidade das peças tem de estar dentro do esperado para um serviço executado com recursos escassos e algum retoque se faz necessário. Todavia, o mais importante nesse projeto é a padronização dos componentes. Vale lembrar que as peças serão feitas de chapa de metal lembrando o processo da indústria automobilística, pelo menos processo utilizado há alguns anos. |
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COMO É FEITO: Do protótipo maciço às chapas estampadas | |
A confecção dos moldes ou estampos será baseada tanto na imagem impressa quanto no modelo tridimensional criado a partir dessa imagem impressa. A peça a ser feita é a grade dianteira. Vale lembrar que a composição, bem como a montagem da peça no modelo real (caminhão na escala 1:1), é bastante diferente do que é feito aqui. Na escala 1:25, ela vai se compor basicamente de uma única peça. Isso foi assim decidido por motivos de simplicidade e facilidade na confecção da miniatura.
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A figura acima mostra a delimitação das partes ou detalhes a serem representados no molde. Aqui, trata-se das áreas hachuradas. |
Esta é a máquina montada em casa que, apesar de ser rústica e inacabada, presta-se a execução de cortes longos e profundos. Em suma, ela é usada para fresar o aço. |
Corte do aço na máquina automatizada de fabricação caseira |
Comparação da faces do molde |
Comparação de medidas com a imagem impressa |
Os cortes para obtenção dos relevos |
Usinagem da parte em alto relevo |
As duas partes complementares: positivo e negativo |
O molde positivo foi obtido com o rebaixamento da parte superior a fim de tomar o formato da peça no protótipo |
O molde negativo foi obtido com o preenchimento com solda da parte superior a fim de complementar o molde positivo |
A peça tem uma leve curvatura vertical no centro. Assim, foi necessário um recorte da parte externa de cada molde para obter a curvatura |
Após os recortes, as duas partes são curvadas juntas numa prensa hidráulica |
Visualização das partes já curvadas ao centro |
Após serem curvadas sob a prensa, o recorte de cada parte foi preenchido com solda |
É necessário unir as duas partes por meio de um dispositivo centralizador. Como visto na foto, isso foi feito com dois pedaços de aço quadrado perfurados nos extremos e traspassados por dois pedaços de aço redondos. |
Como se pode ver, os dois pedaços de aço redondos são presos com solda a um dos moldes. |
Primeiro resultado estampado razoável. O molde ainda não está pronto. |
Tem muito para ser mostrado aqui sobre este trabalho e será adicionado assim que for possível. |
Ivan Gouveia
Pós-graduado em Redes de Computadores pela FACIMED - Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal. Graduado em Tecnologia da Informação pela UNESC - União das Escolas Superiores de Cacoal. Tem CCNA (Cisco) como curso complementar de Redes de Computadores. Profissional da área de Eletrônica e de Programação de Computadores. Programador nas linguagens Delphi e Visual Basic. |